Coluna Resenhando Por Esporte: Resenha de Misery - Stephen King


Titulo: Misery
Autor: Stephen King
Editora: HODDER & STOUGHTON
Pág: 400
Edição: 1º Edição
ISBN: 9781444720716
Skoob:  Aqui


 Sinopse:
A história começa com Paul Sheldon ao sair de coma. Gradualmente ele vai recuperando a memória: é um escritor muito popular (a personagem principal da sua melhor colecção editada chama-se Misery Chastain) que sofreu um acidente de automóvel durante uma tempestade de Inverno, ficando gravemente ferido. A sua salvadora (Annie Wilkes) é uma enfermeira que o levou para a sua casa de campo para o tratar pessoalmente.
Ela é a “fã número um” de Paul e espera ansiosamente todas as suas publicações. Com o passar do tempo ele vai descobrindo mais sobre Annie: é psicótica, e, como ele irá descobrir depois, tem um violento passado criminal. A situação complica-se quando ela lhe implora para ler os rascunhos do último livro da sua melhor colecção.


Misery, entre os poucos livros que li do King, é um dos meus livros favoritos do rei do terror. O livro foi publicado no ano de 1987 e foi adaptado para o cinema em 1990, estrelado por James Caan e Kathy Bates. Além disso, foi nomeado pela World Fantasy Award como melhor romance em 1988. Misery será relançado pela Suma de Letras com previsão de sair em maio de 2014.
Acho que o título Misery encaixa perfeitamente ao romance. Misery é o nome da recorrente heroína dos romances best-sellers do autor Paul Sheldon. Misery também é o nome da porca de estimação de Annie Wilkes. E Misery (miséria) também é uma boa maneira de descrever o estado de espírito de Paul durante sua ‘’prisão’’.
Misery é um dos melhores romances que King já escreveu mesmo não tendo nada a ver com o sobrenatural. Eu não me preocupei muito com o Paul no início da trama e para ser sincero, não tive uma conexão plena com ele, mas tive com a história. Em relação à Annie, a enfermeira maluca, minha impressão foi a contrária. Eu a amei. Não que eu tenha odiado o Paul, mas Annie é maravilhosamente louca. Isto pode soar estranho, mas eu simplesmente amo vilãs. Principalmente esta. King a construiu de uma forma inteligente e horripilante. Eu a odiava por todas as coisas que fazia com Paul, mas ao mesmo tempo a amava, por ser uma vilã psicopata que funcionava tão bem na história. Tive sentimento semelhante em relação à Norman Bates, em Psicose.
Gosto da forma que King estrutura os seus livros. Misery é dividido em três partes, cada uma contendo diversos capítulos que variam de tamanhos. Os capítulos seguem um depois do outro sem quebra de página. A leitura flui rapidamente e é repleta de ações. King não dá aos seus leitores muito tempo para desacelerar e/ou fazer uma pausa para respirar. Esta é uma das qualidades que aprecio muito em King. O romance é muito bem escrito de tal maneira que me deixou enganchado na história o livro inteiro. A utilização da terceira pessoa caiu muito bem para o romance. King não dá aos seus leitores informações desnecessárias. Cada palavra tem o seu lugar na história.
Acho Misery brilhante. King preenche todos os requisitos com um presente para os seus fãs. A caracterização é grande. Annie Wilkes é uma das vilãs fictícias mais vívidas que já li. Paul Sheldon também é grande. A escrita de King é impecável. O enredo de Misery está longe de ser original, mas King o transforma em algo especial de uma maneira criativa. Houve algumas cenas sangrentas que me fizeram estremecer. Estes momentos foram bem convincentes e bem escritos.
Misery é um conto de uma mente humana que está agarrada em algo ao longo dos anos e as conseqüências de infligir a mente de outra pessoa. A disputa psicológica entre Paul e Annie é tão interessante que é às vezes você esquece que a maior parte do livro aconteceu em um quarto na casa de Annie. A ação é tão pequena e ao mesmo tempo tão cheia de tensão que é um livro difícil de largar.
O livro é uma leitura muito interessante que explora claramente a obsessão humana, a escuridão do coração humano em seus momentos mais básicos, uma vez que este enfrenta o seu maior desejo e até que ponto uma pessoa pode querer ir para conseguir o que quer. Tudo isto foi medido nesta história de desejo, adulação e obsessão.


OBS: Ignorem o número de vezes que escrevi ‘’King’’

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