Titulo: King of Thorns
Autor: Mark Lawrence
Editora: Darkside
Pág: 528
Edição: 1º Edição
ISBN: 9788566636246
Skoob: Aqui
Sinopse:
Este é o meu livro favorito desta excelente trilogia, pois tudo joga
contra o nosso anti-herói Jorg. As apostas são altas e as reviravoltas,
perfeitas. Depois de assassinar seu tio e garantir um pequeno reino nas
montanhas, o jovem Jorg agora encara um inimigo carismático e poderoso - o
Princípe de Arrow -, que parece destinado a reunir o Império Destruído. A ação
salta entre o presente e o passado, e nos mostra como Jorg viajou pelo império
e conseguiu reunir recursos e forças para enfrentar uma batalha aparentemente
impossível de ser vencida. Acompanhamos também a história pelo ponto de vista
de Katherine, a mulher que Jorg deseja mais do que ninguém, e que ele está
destinado a não conquistar jamais. Apesar de Jorg continuar a ser o mais
maquiavélico dos protagonistas, sem hesitação para matar, mutilar ou destruir,
caso isso o ajude a alcançar seus objetivos, passamos a compreendê-lo melhor
neste livro, e é impossível não torcer por ele. Ele consegue renovar e dar uma
reviravolta brutal, explodindo com todas as armadilhas românticas da grande
fantasia - lealdade, honra, o bem contra mal e a fé em um causa maior. Às
vezes, quando você vê aquele cavaleiro branco em seu cavalo, com uma armadura
reluzente e um sorriso brilhante, só quer atirá-lo no chão e dar-lhe um murro
na cara dele por ser tão perfeito. Se você já teve essa sensação algum vez,
Jorg é o cara.
King of Thorns é o segundo
volume da Trilogia dos Espinhos escrito por Mark Lawrence, novo nome do gênero dark fantasy, que escreveu um dos
sociopatas mais interessantes em Prince
of Thorns. O terceiro volume desta maravilhosa trilogia será publicado pela
Darkside Books ainda neste ano.
Memória
é tudo que nós somos. Momentos e sentimentos, capturados em âmbar, arrumados em
filamentos de razão. Tire a memória de um homem e tomará tudo dele. Desbaste
uma lembrança de cada vez e você o destruirá tão certo como se martelasse prego
após prego em seu crânio.
Pág.
63-64
No
primeiro relato da vida de Jorg, descobrimos um jovem muito pertubado que
canaliza sua raiva e emoções em ações desenfreadas. O adolescente, que agora
virou rei, cresceu e as suas motivações misturaram-se com a recém-descoberta de
dois irmãos que ameaçam seu reinado, a defesa do seu domínio recém-adquirido, a
pesquisa e os estudos dos chamados Construtores,
reunião de família e casamento. Os temas podem fazer de Jorg alguém mais
humano, menos egoísta, mas isto é só um meio para uma finalidade, ferramentas
que o mantém à frente do jogo, tudo em troca de uma retribuição, abnegação e a
busca megalomaníaca do seu reinado final.
Onde
o livro um foi um passeio cheio de ações brutais através de um enredo que me
surpreendia a cada turno, o livro dois seguiu um rumo diferente. O foco da
história é principalmente sobre o funcionamento interno de Jorg. O conflito
mental e a mudança do príncipe sombrio em um rei um pouco mais velho. Como em
qualquer outro livro, há a força inimiga esmagadora, mais próximo a isso e
ainda mais importante, Jorg tem que lutar contra si mesmo a cada passo. Ele
ainda não está arruinado por qualquer consciência, mas ele chega a um
entendimento de que todo mal cometido volta ao redor de alguma forma.
Reconhecimento
não é a palavra certa para ele, pois Jorg parece estar fazendo o seu melhor
para convencer a si mesmo e os leitores de que ele ainda é o mesmo que antes,
de que ele não se importa onde enfia sua espada quando se trata de chegar mais
perto do seu objetivo.
A
idade deste narrador, que nos conta o seu caminho sangrento que levou após ser
jogado nos arbustos de uma roseira-brava até o banco da soberania de seu tio,
era um fator de irritação para alguns leitores. Na verdade, ele é um personagem
jovem. Mas por que isto incomoda a alguns? É possível alguém conseguir realizar
os feitos que Jorg conseguiu, especialmente quando se pensa em uma vinda não
natural da idade? De qualquer forma, como já dito acima, Jorg é mais crescido
agora. Imagine alguém que, com treze ou catorze anos, já é perigoso com um
empenho de um coadjuvante, uma necromancia peculiar no sangue, uma irmandade de
assassinos leias e impiedosos, e um domínio sobre uma pequena nação, incutindo
medo em todos. Lawrence criou um protagonista que é capaz de rivalizar com
personagens muito poderosos.
Inegavelmente,
de tempos em tempos, o jovem vai se encontrar de frente com tais nêmeses, mas
no final será que ele será seu único inimigo? O fato de ele saber que ele pode
ser considerado insuportável para seus parceiros, infunde nele a confiança
necessária para prevalecer em cada situação. Em King of Thorns, Jorg está enfrentando uma ameaça considerável e,
assim como em Prince of Thorns, a
narrativa não é feita em uma linha de tempo contínua, variando com capítulos de
flashbacks de quatro anos atrás. As
oportunidades que Jorg tem no presente são explicadas nos flashbacks em momentos certos. A história do presente não poderia ser
mais cativante se não fosse à possibilidade de Jorg tem vários ases nas mangas,
todos eles horríveis e brilhantes.
Para
se proteger de si mesmo, Jorg extrai algumas memórias nas quais podem ser
redescobertas ao abrir uma caixa misteriosa. Levando em conta a narrativa
principal, o ressurgimento de suas memórias e as páginas do diário de seu amor
ferido Katherine Ap Scorron, o livro
poderia se tornar confuso. Surpreendentemente, o livro flui sem problemas,
criando um padrão que nos mantém a beira da excitação ao longo do romance
inteiro.
Outro
grande feito de Mark Lawrence é a cruel reviravolta da resposta emocional que
ele cria para o leitor. A empatia por Jorg é algo conseguido facilmente em King of Thorns, mas então o autor,
intencionalmente ou não, brinca com isto. Ao ler o livro, houve momentos em que
me encontrei à beira da traição para com os meus sentimentos em relação a Jorg
e esse aspecto cria realmente uma reação monumental para alguns eventos graves.
Há
uma certa falta de explicação digna para o sistema de magia do mundo em que
Jorg está inserido, o que faz com que alguns acontecimentos sejam estranhos,
mas não é nada que não possa ser inteiramente explicado no terceiro livro.
A
narrativa é simplesmente um paraíso de introspecção para o leitor em busca de
um colapso do comportamento humano em circunstâncias em que um psicopata em
busca de equilíbrio descobre que a única maneira de sobreviver é mudar. Essas
“explosões” de ações podem até ser legais, mas as razões por trás disso podem
ser perturbadoras para alguns.
Jorg
explica seu ponto de vista sobre tudo. Além disso, as epígrafes nos finais dos
capítulos sobre os irmãos de Jorg ainda estão presentes e elas aumentam a
sabedoria peculiar das personagens que cercam o homem. O único elemento que
diminui essa exploração é a percepção de que os outros podem influenciar a
mente do nosso rei dos espinhos.
Às
vezes é difícil para um sequência superar as expectativas que surgiram do
primeiro livro. Posso dizer que as minhas foram, me convencendo do brilho que Lawrence
possui. Não fazendo mais do mesmo material - eu teria gostado do mesmo jeito – mas
evoluindo a história em algo ainda mais profundo.
Em
minha opinião, esta história solidifica Mark Lawrence como um nome sólido na
minha coleção de livros e ele pode ter certeza que lerei qualquer outro livro
lançado dele.
Sombrio,
imprevisível, emocionante, chocante, sangrento e uma leitura obrigatória. Eu
simplesmente não consigo encontrar palavras suficientes para elogiar.
Já tinha visto este livro antes e me interessado muito pela capa, mas não tinha buscado informações sobre ele ainda. Bom saber que ele é parte de uma trilogia, senão a tonta ficaria muito brava quando visse que deixou essa informação passar batida kkkk
ResponderExcluirGostei bastante da tua resenha, conseguiu despertar minha vontade de ler :D
bjs
www.confraria-cultural.com
ResponderExcluirAmei seu cantinho,segue eu sigo de volta?deixe o link do seu blog no meu blog,para que assim eu possa estar te seguindo de volta
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